Ação Policial, revista com textos, ilustrações, cartuns e quadrinhos publicada pela Abril Cultural, em 1985.
Editada por Ruy Perotti, tinha como colaboradores: Grego, Ohi, Roberto Fukue, Verde, Ringo, Yoshimi, Hotsel (cartuns), Jayme Leão, Jayme Cortez, Edson Evangelista, Aloisio de Castro, Eduardo Vetillo, Juvenal Ramos, Carlos Franco (ilustrações), Moacir Scliar, Deonísio da Silva, Rubens Luchetti, Ganymédes José, Antonio Ribeiro, Luiz Roncari, Rubens Ewald Filho e Edgar Romanelli (textos).
Os Trapalhões, gibi publicado pela Bloch, editado no Estúdio Ely Barbosa no começo da década de 80. Esta edição n. 24 teve a participação de Carlos Cárcamo, Eduardo Vetillo, Domingos Souza, João Baptista Queiroz, Waldemar Watanabe, Waldir Odorisso, Paulo Bonfim, Sonia Martins, João Andrade e Izidoro Groemberg (arte), Sérgio Valezin e Genival Souza (roteiros), Ely Barbosa, Thereza Rodrigues e Eliete Barbosa (edição e administração).
sexta-feira, 26 de março de 2010
ALGUNS LIVROS E GIBIS ESCRITOS E ILUSTRADOS PELOS VETILLO
Texto de Walter Vetillo
Ilustrações de Eduardo Vetillo
FTD:
"A grande viagem"
ESCALA EDUCACIONAL:
"Cabral"
"Maria Quitéria"
"Zumbi"
"Tiradentes"
http://www.escalaeducacional.com.br/obra.asp?id=528
PREFEITURA S. JOSÉ DOS CAMPOS:
http://www.sjc.sp.gov.br/gostodeler/p9.htm
"O Homem que Criou o Futuro" (Vida e Obra de Casimiro Montenegro Filho), "A vinda da família real" e "A luta contra a tuberculose".
GIBIS
"Spectreman", "Os Trapalhões", "Chaves", "Chet", "Colt 45" e "Urtigão".
Para fazer download de alguns gibis dos Trapalhões da Bloch:
http://www.snk-neofighters.com/forum/gibis-dos-trapalhoes-t48342.html
Ilustrações de Eduardo Vetillo
FTD:
"A grande viagem"
ESCALA EDUCACIONAL:
"Cabral"
"Maria Quitéria"
"Zumbi"
"Tiradentes"
http://www.escalaeducacional.com.br/obra.asp?id=528
PREFEITURA S. JOSÉ DOS CAMPOS:
http://www.sjc.sp.gov.br/gostodeler/p9.htm
"O Homem que Criou o Futuro" (Vida e Obra de Casimiro Montenegro Filho), "A vinda da família real" e "A luta contra a tuberculose".
GIBIS
"Spectreman", "Os Trapalhões", "Chaves", "Chet", "Colt 45" e "Urtigão".
Para fazer download de alguns gibis dos Trapalhões da Bloch:
http://www.snk-neofighters.com/forum/gibis-dos-trapalhoes-t48342.html
sexta-feira, 5 de março de 2010
ENTREVISTA: WALTER VETILLO
Aqui é o Bira de novo. Tive contato com o trabalho de Walter através de seus roteiros para o Estúdio Ely Barbosa, que produzia o gibi “Festival HB” publicado pela então editora Rio Gráfica (atual Globo).
Seu irmão Eduardo, foi desenhista de Jana das Selvas (baseada em Rima, desenhada por Nestor Redondo para DC Comics) com histórias longas e repletas de mensagens ecologicamente corretas, lutava contra exploradores estrangeiros inescrupulosos. Era uma defensora das nações indígenas e dos animais da floresta.
Walter escreveu para a editora Escala Educacional “Zumbi”, “Maria Quitéria”, “Cabral” e “Tiradentes”, também ilustrados em lindas aquarelas pelo irmão. Publicaram ainda pela FTD, “A Grande Viagem” que narra a descoberta (e invasão) do Brasil pelos portugueses.
Mas foi na Editora Cortez que ambos voltaram a produzir Quadrinhos, e em grande estilo: “O Guarani”. Pela mesma editora adaptaram a “Ilha do Tesouro” de Robert Louis Stevenson.
Walter, bom dia...
1. Qual é a sua idade e onde nasceu?
- Sou um escorpiano, nascido do dia 12/11/42 nesta Paulicéia Desvairada, que eu amo de paixão. No mais, estou com 66 anos bem vividos.
2. Qual é a sua formação ?
- Formei-me em Economia pela USP, mas não segui a profissão, pois não era minha praia. No último ano da faculdade me lancei numa aventura e embarquei em Vitória num cargueiro Sueco, como aprendiz de marinheiro. Fui para Dinamarca me encontrar com meu irmão, o Edu. Abri uma janela para o mundo e a aventura e quando voltei, no mesmo navio, senti que teria que partir para outros caminhos.
3. Que livros marcaram em cada época, sua infância, adolescência e na idade adulta?
- Na infância, eu e o Edu éramos muito ligados em gibis e nos almanaques do Globo Juvenil (acredite, temos ainda um datado de 1952). Por sorte nossa, o jornaleiro, seu Nicola, era amigo de meu pai e quando não podíamos comprar, ele nos emprestava. Era uma festa, viajamos muito por este mundo maravilhoso dos quadrinhos. Na adolescência, gostava muito das aventuras (Nick Holmes, Tarzan, Super Homem, etc) e também da inesquecível coleção “Tesouro da Juventude”.
Como adulto, me marcaram o Admirável Mundo Novo, do Huxley, O Lobo da Estepe, do Herman Hesse e também o grande poeta Fernando Pessoa.
4. E os gibis?
- Além dos já referidos, lembraria uma coleção italiana sensacional de aventuras: “Xuxá” (sobre a Segunda Guerra) e o “Pequeno Xerife” (de bang- bang, que também marcou muito nossa infância).
5. E a arte da escrita?
- Quando comecei a me interessar mais por ecologia, esoterismo e auto-conhecimento, comecei a escrever artigos e acabei como colaborador da revista Planeta, com a qual fiz grandes amigos, como o Paulo Coelho, Raul Seixas, Rita Lee, o redator, o Ednilton Lampião, etc) e também para o jornal Primeira Mão.
6. Qual foi seu primeiro trabalhado publicado?
- Além dos referidos acima, algumas revistas na época do grande Ely Barbosa (Scooby Doo), foi um livro em quadrinhos que fizemos, eu e o Edu, sobre a viagem de Cabral ao Brasil: “A Grande Viagem”, publicado pela FTD.
7. O que o levou a escrever roteiros para HQs?
- Além de gostar muito das HQs como contei no início, foi o fato da convivência com o Eduardo e com o estúdio do Ely Barbosa, que era um campo fértil nesta matéria.
8. Como era o seu método de trabalho ao escrever para o estúdio do Ely Barbosa?
Você trocava "figurinhas" com seu irmão ou ele só via o roteiro na hora de desenhar? Ele dava palpites no roteiro?
- Eu sempre trocava idéias com o Eduardo e sua grande experiência me ajudava muito e o fato de trabalharmos juntos, facilitava muito o trabalho em "dobradinha".
9. Que história te marcou mais?
- Na época do Ely, foram os roteiros que fiz para o Scooby Doo e o Bionicão. Recentemente, foi o exaustivo trabalho de quadrinizar uma obra como O Guarani, de José de Alencar, principalmente por que visava o público infanto-juvenil e teve que ser bem pensada e trabalhada. Mas acho que o resultado final valeu o trabalho.
10. Parece que o mundo acordou um pouco tarde para discutir a agressão ao meio ambiente e a busca inconsequente por lucros. Como você se sente tendo feito isso há 30 anos atrás?
- Você colocou muito bem e a pergunta é bastante oportuna. Fui um dos pioneiros a dar vários alertas sobre a ecologia e as agressões à Mãe Terra, quando escrevia na revista Planeta, para um jornal de Brasilia e para o Primeira Mão. E imagine, os jornalistas me chamavam de poeta: " O Vetillo está preocupado com os passarinhos, as flores, etc,etc. Quando caiu a ficha, anos depois, os mesmos jornalistas me procuravam: "Walter, o que é 'efeito estufa', 'camada de Ozônio', como podemos conseguir o equilíbrio de nosso planetinha?"
Sinto-me realizado por ser um dos pioneiros, graças ao meu mestre na época, o grande Lutzemberg, que foi um grande pioneiro e batalhador. Infelizmente, como você colocou, a busca inconsequente de lucros, as multinacionais, interesses mesquinhos de grandes potências, fizeram o resto e deu no que deu. Mas nunca é tarde e precisamos continuar a luta, contando que felizmente muitos acordaram...
11. Que roteiro de personagem conhecido você gostaria de fazer?
- O Brasil tem muitos personagens interessantes mas, infelizmente, com a baixa estima que nos caracteriza, eles passam em brancas nuvens. Precisamos mudar isso, pesquisar, e tenho certeza que encontraremos. Uma prova é o livro que lançamos para a Escala Educacional, na linha "Saga de Heróis" e uma delas é a Maria Quitéria, heroína do movimento pró-independência da Bahia, que se alistou no Batalhão dos Periquitos e era quase desconhecida, e o livro está vendendo bem.
12. O que você tem achado das adaptações de literatura para os Quadrinhos? É positivo para a história dos Quadrinhos no Brasil ou tem algum "porém"?
- Acho extremamente positivo, pois o jovem leitor vai se sentir muito mais atraído pela magia dos Quadrinhos do que volumosos livros. Prova disso, foi o lançamento do "O Guarani" em quadrinhos que fizemos para a Editora Cortez. Os livros do José de Alencar são muito indicados pelos professores, e nesta forma lúdica dos Quadrinhos, fica muito mais palatável para os jovens leitores.
13. Você prefere adaptar ou criar?
- Os dois temas são sempre grandes desafios, mas eu acho que mesmo adaptando obras, nunca podemos deixar morrer nossa veia criativa...
14. Quais são seus projetos para 2010?
- São muitos. Quero continuar nesta linha de resgatar figuras importantes do Brasil para os Quadrinhos ou em forma de livros e também começar a coçar minha imaginação e lançar um livro de minha autoria.
PALMARES EM QUADRINHOS
http://www.lojacortezeditora.com.br/cortez-1026.html
Roteiro e desenhos: Eduardo Vetillo
A escravidão foi um dos piores males da humanidade. Eduardo Vetillo, nesta eletrizante história, nos leva de volta ao século XXVII, quando ocorreu uma das mais sangrentas batalhas de que já se teve notícia no Brasil, a destruição do quilombo dos Palmares. Demba e Moah conseguiram um feito incrível: fugir a nado de um navio negreiro e alcançar a costa brasileira, onde começa essa incrível aventura de superação, amizade e liberdade a qualquer preço.
O GUARANI DE JOSE DE ALENCAR, EM QUADRINHOS
Adaptação: Walter Vetillo
Desenhos: Eduardo Vetillo
http://www.lojacortezeditora.com.br/cortez-1027.html
Nesta adaptação de texto envolvente e vibrante, o leitor é apresentado a uma obra-prima da literatura brasileira. É um Brasil ainda selvagem e desconhecido, onde se trava esta aventura de amores não correspondidos, preconceitos reais e batalhas entre brancos e índios pelo direito a terra. Peri é um índio que se arrisca para defender a família de sua amada Cecília, e é o grande herói desta história e o primeiro herói verdadeiramente brasileiro de nossa literatura. Este livro irá certamente encantar os leitores de todas as idades.
A ILHA DO TESOURO DE ROBERT LOUIS STEVENSON
Adaptação: Walter Vetillo
Desenhos: Eduardo Vetillo
http://www.lojacortezeditora.com.br/cortez-1025.html
Desde o momento em que um misterioso capitão chega à hospedaria “Benbow”, esta bela narrativa de piratas e tesouro nos remete a uma fascinante aventura. Repleta de personagens marcantes, de Long John Silver ao cego Pew, do corajoso Jim Hawkins e seus amigos, navegando na fragata “Hispaniola”, em busca do cobiçado tesouro do maldoso Flint, a luta no forte e o empolgante duelo de morte de Jim no mastro do navio. Eis aqui um famoso clássico, repleto de belas ilustrações e especialmente condensado para convidar os jovens leitores a se deliciarem com esta consagrada obra.
LINKS PELA WEB
Eduardo Vetillo vem fazendo notícia há um bom tempo.
É um dos verbetes da famosa Comiclopédia holandesa Lambiek e da Comcvine:
http://lambiek.net/artists/v/vetillo_eduardo.htm
http://www.comicvine.com/eduardo-vetillo/26-58781/
OS TRAPALHÕES
Foi entrevistado por Marcos Ramone para uma das mais completas reportagens sobre o período de produção no Estúdio Ely Barbosa:
http://www.universohq.com/quadrinhos/2009/trapalhoes.cfm
A PARCERIA COM O IRMÃO WALTER
http://www.planetanews.com/autor/WALTER%20VETILLO
MESTRE DO QUADRINHO NACIONAL
É um dos indicados pela Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo como um dos Mestres dos anos 70/80 na votação do Troféu Angelo Agostini:
http://www.aqc-esp.com.br
CARICATURAS NO MERCADÃO DE SAMPA, EM 2005
Do link da Prefeitura
http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=5675
"Mercado Municipal recebe exposição de caricaturas
A mostra do artista Eduardo Vetillo será realizada de 11 a 13 de novembro, das 9h às 17h.
A Secretaria Municipal de Serviços promoverá, de 11 a 13 de novembro, no Mercado Municipal, uma exposição com o artista Eduardo Vetillo, que mostrará seus desenhos, livros e caricaturas.
A mostra será realizada das 9h às 17h, no mezanino, torre B do Mercado.
O paulistano Vetillo tem 64 anos, estudou na Escola de Artes Visuais de Nova York nos anos 70 e é ilustrador, caricaturista e retratista há mais de 30 anos.
Durante a exposição, o artista fará uma caricatura da pessoa que adquirir seu livro “Aprenda a Desenhar Caricaturas”, obra que traz orientações para quem quer iniciar na arte de desenhar pessoas.
O Mercado Municipal Paulistano fica na Rua da Cantareira, nº 306, Parque Dom Pedro II."
CARICATURAS DO SALÃO INTERNACIONAL DE HUMOR DE PIRACICABA
SESC São Carlos de 04/10/09 a 27/10.
Exposição composta por 27 reproduções fotográficas de personalidades que foram retratadas por diferentes caricaturistas de renome nacional e internacional. Abertura dia 4, com a presença do ilustrador e caricaturista Eduardo Vetillo. Na Convivência 1.
http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=49468
LIVROS NA PRAÇA
Confira aqui:
http://cineclick.shopping.uol.com.br/livro-grande-viagem-a-eduardo-vetillo-walter-vetillo_20057.html
http://www.travessa.com.br/Eduardo_Vetillo/autor/A3AEB2C5-DB16-45C8-82F6-ED7A9CE3091B
http://www.estantevirtual.com.br/Walter-Vetillo-e-Eduardo-Vetillo-A-Grande-Viagem-26974684.html
http://www.porteiradafantasia.com/livros.htm
http://br.gojaba.com/book/1748381/Sao-Paulo-de-Colina-a-Cidade-A-Amir-Piedade-I-Eduardo-Vetillo
IMAG
http://www.hqmix.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Itemid=59
O Instituto Museu das Artes Gráficas possui um acervo constituído de 9.756 originais de artistas gráficos de várias épocas e de norte a sul do país. O acervo é constituído de caricaturas, charges, cartuns, quadrinhos e ilustraçãoes foi adquirido por doações de artistas, familiares e colecionadores. Um desses originais é de Eduardo Vetillo.
VETILLO EM CAMPINAS, NO ESTÚDIO O EX-PUPILO
http://www.bigorna.net/index.php?secao=birazine&id=1255017779
CITAÇÕES
Vetillo ainda é citado em várias matérias e entrevistas sobre Quadrinhos:
http://quadrinholatra.blogspot.com/2008/05/os-trapalhes.html
http://www.fnlij.org.br/imagens/socios/Not%C3%ADcias%202.pdf
http://ds.art.br/page/19/
http://www.ghq.com.br/26%C2%B0-premio-angelo-agostini/
http://www.portalrockpress.com.br/modules.php?name=News&file=print&sid=1056
http://www.quadrinhopole.com/entrevista_bira.html
http://www.bigorna.net/index.php?secao=birazine&id=1169261156
http://fabricarica.2it.com.br/?sec_cod=5&news_cod=5
http://zinebrasil.googlepages.com/biradantas
http://www.fiqbh.com.br/?p=786
http://www.brasilcartoon.com/cartunistaDescricao.asp?idioma=ptb&cartID=61
http://www.caricascartunescas.blogger.com.br/
http://rabisqueira.blig.ig.com.br
EDUARDO VETILLO, UM HERÓI DO TRAÇO
Sou o cartunista Bira Dantas.
De 1979 a 1980 fui assistente do grande desenhista Eduardo Vetillo. Meu trabalho era passar seus desenhos (feitos em folhas de papel sulfite grosso com marcação em azul de quadros e linhas para letreiramento) a limpo, numa folha de Schoeller, seguindo as alterações que o Edu determinava (como posicionamento de personagens e cortes). Claro que no começo eu apanhava muito para reproduzir os traços sutis de expressão dos esboços originais. O estúdio do Eduardo ficava na Lapa, era um galpão de fundos de uma casa na rua Pontaporã, metade do Ismael dos Santos (que produzia material para a TV Cultura e dava aula, onde passaram conhecidos meus como o Spacca e o Riba), metade do Eduardo, que dividia a sala com o Walter Caldeira (pintor impressionante) que na época produzia capas de livros e reproduzia, em guache, cenas históricas brasileiras criadas por Ivan Wasth Rodrigues. Eu trabalhei um ano como assistente do Eduardo, até o dia em que ele me disse que o projeto Trapalhões estava crescendo, precisava de novos desenhistas e que eu já estava apto para bater asas próprias. Leia mais aqui:
http://www.bigorna.net/index.php?secao=birazine&id=1173761595
http://chester.blog.br/archives/2007/05/bira_dantas_e_o.html
http://www.bigorna.net/index.php?secao=birazine&id=1173761595
Eduardo esteve em outubro de 2009 em meu estúdio, em Campinas.
Aqui, as fotos da visita:
http://chargesbira.blogspot.com/2009_10_01_archive.html
A ENTREVISTA
1. Nome completo, idade e onde nasceu:
- Eduardo Vetillo, 67 anos e nascido em SP, capital, nesta Paulicéia Desvairada.
2. Na sua infância, quais eram seus personagens de Seriados e Quadrinhos favoritos?
- Rip Kirby, de Alex Raymond e Tony Corisco, de Frank Robbins.
3. Como foi o começo de sua carreira?
- Foi trabalhando em pequenas agências de propaganda.
(Dani, Gual e Edu em caricatura de Bira, feita logo após a Missa de Sètimo Dia de Ely Barbosa)
4. Qual foi o seu primeiro trabalho com HQ ou Ilustração?
- Foi um trabalho sobre a independência do Brasil para a Editora Edrel.
5. Conte como aconteceu sua viagem para os EUA e do curso que fez na Escola de Arte. Você consertava as telhas das casas para se manter. Como aprendeu isso? Alguma vez caiu do telhado?
- Foi para aprimorar as técnicas de ilustração e consertava telhados sim, mas felizmente nunca caí.
6. Você sempre fez caricatura?
- Não, foi de uns sete anos para cá.
7. Quando aconteceu sua entrada na Abril? Que personagens você mais desenhava, além do Urtigão? De quem eram os roteiros que você desenhava e quem fazia sua arte-final?
- Foi em 1974. Além do Urtigão, desenhava também o Peninha, mas não me lembro de quem eram os roteiros e a arte final.
8. Antes dos Trapalhões você desenhou Hanna-Barbera no estúdio Ely Barbosa. Lembro-me em especial de suas HQs de “Jana das Selvas” (publicada no Brasil pela Ebal com o nome original: Rima). O que você mais gostava de fazer e porquê?
- Era exatamente a Jana das Selvas, que mais combinava com o meu estilo.
9. O que representou na sua carreira ter sido desenhista do gibi “Os Trapalhões”? Como foi a experiência de ter tido um assistente? Durante quantos anos você desenhou o gibi? O que você achou do Ely ter abolido a arte-final nas HQs? Por que a revista parou de ser publicada?
- Foi um período muito profícuo, o assistente (Bira) foi importantíssimo e desenhei o gibi por três anos - o Ely preferia o traço a lápis espontâneo do desenhista. A revista parou unicamente porque a Bloch Editores se preocupou somente com o telejornalismo , que foi sua ruína), e o mesmo aconteceu com o Spectreman, que foi até o número 32.
10. Você sempre caricaturou o pessoal do estúdio nas HQs dos Trapalhões, era só por brincadeira ou você pensava em imortalizar os companheiros? Eu sempre achei que você era o Al Capp brasileiro, pelo traço satírico e caricatural, retratando de maneira super-humorística os tipos brasileiros, do vendedor de picolé, mate gelado, puxador de carroça, engraxate, caipira, executivo, ao operário. Você foi influenciado pelo genial criador de Lil’ Abner, o nosso Ferdinando Buscapé?
- Era só por brincadeira. Fui sim influenciado pelo Al Capp, mas meu grande ídolo nas HQ foi Alex Raymond.
Obrigado, Edu!
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